segunda-feira, 5 de setembro de 2011


     Ao pensar na morte, tente lembrar do seu primeiro sorriso, toda aquela alegria explodindo em seu peito, e você tímido e sem saber como reagir àquela sensação e com muita simplicidade moveu lentamente os lábios para cima, para aquele par de olhos que com muito carinho o recebia, e apresentava, com orgulho, ao mundo sua mais nova jóia!
     Quando pensar na morte, lembre-se do seu primeiro (e apaixonado) beijo, toda aquela magia no ar, as chamas que saltavam dos olhos de um para o outro, o toque das mãos tremulas em seu rosto, o coração pulsando cada vez mais rápido, a sensação de que o mundo todo parou para apreciar a cena, e então, o choque de lábios desorientados e a certeza de que é a pessoa certa!
     Lembre-se do amor, não só do amor que fará com que se case um dia, mas sim do que sente por seus pais e amigos. E então, quando pensar na morte, se tiver vivenciado tudo isso saberá que sua vida valeu a pena, e que terás uma morte honrosa e um lugar ao céus!

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Falsas Esperanças

Oh! Doce donzela, que de alma tão livre e bela, de mim fez prisioneiro.
Como posso descansar sem seu toque pra minh’alma acalmar. Anjo, você sabe a quanto eu te espero? Quantas noites passei em claro tentando te encontrar?
Agora que se encontra aqui comigo, não consigo pensar em outra coisa se não te abraçar bem forte para que nunca mais se afaste de mim.
Porem vejo em teus olhos o peso que carrega... isso quer dizer que não poderá ficar não é? Quer dizer que nunca a tive, que o tenro alento que me deste, foi apenas uma triste melodia murmurada em uma solitária noite de inverno.
Oh... pura criatura, parta agora e me deixe só, com as boas lembranças que carrego de ti, e não deixe que o brilho falso do seu sorriso me traga falsas esperanças.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Espera

Se for o caso, por acaso for
Viver de pecado, viver sem amor.
Se por acaso, tentar esquecer
Se for o caso, o que você vai receber
Não quero estar do seu lado, sem te ter
Mas não vou estar aqui sempre esperando você
Você vai lembrar de mim quando perecer
Quero resgatar sua alma e te fazer viver
Seus sonhos vou realizar e tudo vai acontecer
Porque eu não vou voltar, só pra te ver morrer.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Perdão

Peço perdão por tudo que fiz.
Agora é tarde eu sei...
Mas eu sei que está me ouvindo.
Sei o quanto errei, eu sabia o que tinha que ser feito... mas não fiz. Agora estou aqui, diante de ti aos prantos pedindo seu perdão, e sabendo que, mesmo sem merecer... serei perdoado, você sempre o fez...
Gostaria que pudesse me ver, mas não pode mais... e agora a única coisa que posso pedir é que me ouça uma ultima vez. Por favor me perdoe...
...eu te amo mãe!!!
Descanse em paz...

Desabafo

Sinto o gosto angustiante da pressão no meu peito, os olhares alheios me acertam como facas, o que será que esperam de mim? Respostas? Salvação? Eu não sei. O que sei, é que carrego o peso opressor dos longos anos passados trancafiados dentro de mim, sinto ter perdido a direção tantas vezes que nem sei mais onde estou, sinto estar envolto em uma fantasia criada pela minha mente, onde meus amigos dedicam suas vidas a contribuir para que esta mentira continue (pobre deles que não sabem estar participando desta farsa).
Meu alento (o amor) escorre por entre meus dedos, talvez seja melhor assim, não saberia conduzi-la com carinho, não alguém que nem consegue achar o caminho para os próprios passos... não alguém cujo medo, dá vida ao impossível... não alguém que sempre desiste, e prefere viver na dor... não alguém...
Ó vil sentimento que consome minha essência e faz com que me sinta tão triste, se for assim devo renunciar a ti, e prosseguir derramando lágrimas de sangue em seu eterno velório.
Vagas são as memórias que tive, sentindo seu toque em meu peito. O fogo de nossos corpos nunca se consumiram, o calor de nossos toques nunca se completaram, o desejo em nossos olhos nunca se encontraram.
E o amor, cruel destino teve, morreu na garganta antes de ser proferido, antes de encontrar morada nos ouvidos de outrem. O que é dele agora, senão motivo de chacota, quem pode explicar o escárnio e a ironia de morte tão prematura.
Os olhos não brilham mais, os lábios se calam. O luto não existe, pois como sentir falta do que nunca se teve, ou se quer tenha existido. Só mesmo um tolo acredita que algo virá com o vento de um novo dia, nem há um novo dia... eles seguem seu curso inalterados um após o outro, como um todo fracionado. E o que posso fazer? Talvez simplesmente abandone minha carcaça aos abutres da solidão, me parece menos doloroso entregar-se ao anonimato do que lutar por um lugar qualquer no coração dos iguais.
A visão opaca e distorcida, daqueles que me olham diz mais sobre quem sou, do que sobre quem quero ser (não que eu saiba quem quero ser).
Mas não há mais fogo em mim, não há mais vontade, condicionei-me apenas em não fazer os outros sofrerem, que já não me importo comigo, esqueci por completo o que é meu e o que é a vontade dos outros. Ando pela escuridão guiado pelas vozes alheias, e a muito tempo não ei qual meu caminho tão pouco o que quero trilhar.
Que me perdoem aqueles que esperam algo de mim, pois nunca sairá algo de onde não há nada.